É o método adequado para o tratamento da hiperidrose.
A inervação das glândulas sudoríparas se dá pelo sistema nervoso simpático (SNS).
Nós pacientes portadores de hiperidrose primaria, há um estímulo exagerado do SNS á essas glândulas, que por fim , determinarão uma sudorese exarcebada ao paciente.
A cirurgia de simpaticotomia se baseia na seção de certos pontos do tronco do nervo simpático, localizado no interior da cavidade toráxica. E a técnica de secção dependerá do local de acometimento da doença: face , palma das mãos , axila e planta dos pés.
Após o procedimento, o estímulo que era responsável por essa estimulação excessiva das glândulas sudoríparas, cessa, resolvendo em grande parte das vezes o acometimento desta patologia.
O procedimento cirúrgico em si, é realizado sob anestesia geral através de duas pequenas incisões de 3 mm de cada lado do tórax. E apresenta duração de cerca de 60 minutos.
O resultado é imediato e pode ser constatado na própria sala de operação, após o despertar da anestesia.
O paciente recebe alta no mesmo dia, não sendo necessário sua permanência no hospital. A recuperação é rápida e não apresenta limitações para retorno às atividades físicas e ao trabalho.
A técnica de simpateftomia endoscópica foi criada pelo renomeado Dr. Erhard Kuk no final dos anos 30, onde a penetração da cavidade torácica é feita por meio de punção.
A primeira simpatectomia endoscópica para o tratamento da hiperidrose foi realizada pelos Drs. Erhard Kuk e seu sobrinho, Peter Kux, em 1947, na Alemanha.
Por ser menos agressivo do que a técnica convencional, que utilizava de grandes incisões cirúrgicas na região do peito ou no pescoço, a simpaticotonia por via endoscópica, tornou-se o padrão ouro para o tratamento cirúrgico da hiperidrose.
Com experiência de mais de 40 anos e 2.600 cirurgias realizadas com, até então, a técnica de simpatectomia por via endoscópica; em 1992, a equipe (Dr. Peter Kux e Dr. João Bosco Vieira Duarte) passaram a adotar a videoendoscopia em suas cirurgias.
Com a introdução do vídeo, as mudanças técnicas e táticas foram feitas. O procedimento tornou-se ainda mais seguro, alem de proporcionar uma otimização dos resultados e também das indicações cirúrgicas.
Em alguns casos após a cirurgia de simpatectomia, podem ocorrer a transferência da área afetada de hiperidrose para outra previamente sadia.
O que denominamos hiperidrose compensatória.
E geralmente, áreas em região do abdômen, dorso e membros inferiores são a mais afetada por esse efeito colateral.
A incidência varia de acordo com a localização da hiperidrose, bem como da técnica utilizada.
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Na maior parte dos casos, a hiperidrose compensatória desaparece com um intervalo de 6 meses.
Entretanto, uma porcentagem dos pacientes podem evoluir com o quadros permanentes.
Mesmo assim, ainda há a possibilidade de uma nova abordagem cirúrgica para a tentativa de redução deste quadro compensatório.
Procedimento já realizado em nossa clínica, sendo referência mundial para o tratamento deste problema.
“Dr. João Bosco,
Eu escrevo apenas para dar notícias sobre o resultado da cirurgia realizada. Os resultados observados são consistentes com sua previsão. Eu não tenho hiperidrose no tronco, acima da cintura, nos membros superiores, ou mãos. Estou vivendo com melhor qualidade de vida, mais disponíveis e alegria. Há sudorese compensatória nos membros inferiores quando a temperatura ambiente é elevada ou quando faço exercício. Isso é normal, como eu preciso para eliminar toxinas.
Você me perguntou se houver transpiração espontânea quando a temperatura ambiente é frio ou durante a noite. Felizmente isso não aconteceu. Eu apenas transpareceu nas pernas, quando a temperatura ambiente é quente ou durante o exercício físico. Espero ter ajudado para a composição dos dados em análise estatística. Estou satisfeito com os resultados.
Um abraço de seu amigo do Rio de Janeiro”
Outras complicações são raras com este método.
É um procedimento de escolha em nossa clínica para pacientes selecionados com hiperidrose apenas na região axilar.
É constituída por curetagem (raspagem) da região da derme nas axilas, onde são encontradas as glândulas sudoríparas.
Em simultâneo com a remoção parcial da glândula, a inervação simpática da região é seccionada, aumentando a chance de cura, que é de cerca de 85% em nossa experiência.
Ela consiste na remoção do segmento da pele nas axilas, onde são localizadas as glândulas sudoríparas.
O resultado varia de acordo com o tamanho da área de retirada.
A formação de cicatriz hipertrófica pode ocorrer naqueles pacientes que já possuem este problema previamente. Em casos mais raros, podem limitar o movimento dos membros superiores.
Radioterapia
Já utilizada no tratamento da hiperidrose axilar, essa técnica dificilmente é encontrada para tais fins.
Uma vez que a dose necessária para o desaparecimento de transpiração excessiva, pode conduzir a complicações graves e importantes.
São elas :